SGROFT, HERÉTICA OU NINGUÉM
Sgroft e Herética somos eu, você, todos à nossa volta ou, talvez, ninguém. “Ninguém” sendo a distância do que não se sabe e do que não se admite não saber. Uma máquina defeituosa que nos recusamos diariamente a consertar, peças de um equipamento que nem sequer admitimos a necessidade de ajustar.
Um homem e uma mulher se encontram para efetivar um negócio, e mergulham, através do trivial, do aparentemente filosófico e da metalinguagem, no mundo da superficialidade das relações humanas, do distanciamento entre as pessoas e do vazio resultante disso.
Fruto de uma sociedade que busca uma maturidade social, o ser humano moderno e inteligente cria para si preceitos que supostamente deveriam aproximá-lo mais de um conceito mais preciso de si mesmo, mas que o afastam cada dia mais de sua essência animal, frágil e vulnerável às adversidades da vida.
Oscilando entre os limites do ridículo, do primordial e do intelectual, Sgroft e Herética espelham uma sociedade explicitamente neurotizada, confusa e vulnerável, que busca se fortalecer criando para si normas que, na verdade, acabam gerando um distanciamento cada vez maior entre as pessoas - um abismo entre elas e o mais íntimo que existe delas mesmas.
O medo do ridículo, a necessidade de auto-afirmação e a competitividade em uma sociedade que transforma pessoas em índices estatísticos de mercado, acabam criando figuras que são quase uma aberração, caricaturas de si mesmas.
Sgroft e Herética se jogam em um universo onde o seu bicho interno, explícito e vivo duela a todo momento com a projeção externa que eles criaram para si mesmos. E geram, com isso, um sentimento que oscila entre o riso e o grito, de forma a, subliminarmente, nos lembrar que o bicho interior que grita e incomoda não é necessariamente uma falha de caráter. Pode ser nossa sensibilidade esquecida que está pedindo licença para sair e respirar.
SINOPSE
O caos interior toma vida e celebra sua liberdade durante uma reunião de negócios aparentemente insípida.
FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA
DRAMATURGIA E DIREÇÃO: Carlos Canela
ELENCO: Jerry Magalhães e Suzana Markus
PREPARAÇÃO CORPORAL: Jeane Doucas e Fábio Furtado
TRILHA SONORA: Gilberto Mauro
PRODUÇÃO e PROGRAMAÇÃO VISUAL: Suzana Markus
FIGURINOS: Ricca
MAQUIAGEM: Elizinha Silva
CENÁRIO: Criação Coletiva
CENOTÉCNICO: Nilson Santos
FOTÓGRAFO: Guto Muniz
ILUMINAÇÃO: Núcleo Técnico de Artes Cênicas
ILUMINADOR [CRIAÇÃO]: Wladimir Medeiros [NUTAC]
OPERADOR DE ILUMINAÇÃO: Marco Antônio Machado Lara
ASSISTENTE DE CRIAÇÃO: Cristiano Medeiros
ASSISTENTE DE PRODUÇÃO / CONTRA REGRA: Fábio Furtado
CONCEPÇÃO E EDIÇÃO DE IMAGENS: Carlos Canela
CURRÍCULO DO ESPETÁCULO
1ª temporada – novembro de 2009
Data: 06 a 29 de novembro de 2009 (6ª a Domingo)
Horário: às 20 horas
Local: Espaço Carabina – Rua Mucuri, 245 – Floresta
2ª temporada – Março de 2010
Datas e horários: 22/03 às 20 h, 23/03 às 21 h
e 24/03 às 20:30 h
Local: Teatro Marília
3ª temporada – abril a maio de 2010
Data: 15 de abril a 09 de maio de 2010 (5ª a Domingo)
Horário: às 20 horas
Local: Teatro Marília
Selecionado no edital público de ocupação do teatro Marília.
Vencedor do prêmio de melhor cenário no 7º Prêmio Usiminas Simparc 2010.
PARTICIPAÇÃO EM FESTIVAIS
FIT-BH / 2010
Datas e horários: 13/08 às 19:30 h, 14/08 às 18:30 h e 15/08 às 19 h
Local: Teatro Dom Silvério – Chevrolet Hall
Festival Nacional de Teatro de Itaúna / 2010
Data: 21 de outubro de 2010
Horário: às 20 horas
Local: Teatro Vânia Campos – Itaúna MG
Festival Nacional de Teatro de Juiz de Fora / 2011
Data: 08 a 10 de setembro de 2011
Horário: às 23 horas
Local: Espaço Diversão e Arte